quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Feudos, gaiolas, meu interior ...

             

              " Essa minha necessidade de ficar sozinha, de sumir para não fazer quem gosta de mim sofrer, chega a ser boba e contraditória, porém, precisa e obrigatória... Para a realização dos meus sonhos, por mim, pelo meu sorriso e para que eu tenha realmente algo diferente para contar. A presença da mesmice me abala,me desestrutura, o álcool foi uma válvula de escape falha, os vícios não te fazem bem, e nem absorve seus problemas, ele transforma  sua sensatez em idiotice e então ele te adéqua ao mundo, ao feudo hipócrita que vivo.
               A minha destruição é a rotina, no mesmo lugar, o circo, os palhaços, e eu a mulher de barbas... Amante da ironia, fraca, destemida, porém apaixonada demais, e mesmo que não pareça grata demais aos meus criadores, sou inexata, incoerente, sincera e abstrata. Podia eu ser psicopata, tanto quanto a sociedade  feudal é para comigo, mas não! Sou órfã do sistema, sou a negação do bem, eu sou o mal a mim mesma e aos outros. A liberdade que eu respiro acabou, os ideais que eu sustento se racharam, e eu? Estou caída, retraída, inutilizada pelo o que realmente importa e muito útil para a "podridão" do mundo. Sendo sufocada pelo lixo, afogada pelas frustrações, enterrada na incompreensão, esquecida e odiada pelos adeptos e mal feitores do escuro e do vazio em que me tornei."

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